No discurso durante o jantar que lhe foi oferecido pelos grão-duques do Luxemburgo, Henrique e Maria Teresa, o chefe de Estado disse desejar que o "sentido de responsabilidade" dos líderes europeus lhes permitam encontrar "soluções pragmáticas, fundadas nos valores europeus".
"O pragmatismo, o sentimento de responsabilidade e a abertura ao outro são qualidades que nos devem guiar no debate em curso sobre o futuro da Europa", defendeu.
O Presidente português iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias ao Luxemburgo, continuando depois, na quinta-feira, com uma visita privada.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, estas soluções, após a saída do Reino Unido ('Brexit), devem responder "aos novos desafios e às expectativas legítimas das populações".
"Espero sinceramente que os valores da paz, da liberdade, da democracia, dos direitos humanos, do Estado de direito e da proteção do ambiente não sejam jamais colocados em causa", referiu o Presidente.
Marcelo disse ainda esperar que o Luxemburgo, enquanto país fundador da UE, se mantenha "um dos guardiões" do projeto e dos valores europeus, acrescentando que Portugal quer uma Europa que seja "uma voz que conta no mundo" e um "exemplo de democracia e de liberdade".
"Não percamos a essência do que construímos juntos", disse, citando depois "um ilustre europeísta luxemburguês", o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker: "Uma Europa unida é a única forma de evitar que o nosso continente seja afastado do radar mundial".
No discurso, o Presidente português voltou a condenar o atentado de segunda-feira em Manchester, no Reino Unido, que provocou pelo menos 22 mortos.
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda a maneira como os luxemburgueses acolhem a comunidade portuguesa, que é "um exemplo de trabalho, honestidade e competência" e que contribui para o desenvolvimento económico e social do Luxemburgo".
Segundo dados oficiais, residem no Luxemburgo cerca de 100 mil portugueses, que representam 16,4% da população deste país.
Comentários