Após ter colocado a coroa de flores no monumento - que tinha sido inaugurado horas antes -, o Presidente da República salientou, em declarações aos jornalistas, que "não houve vítimas portuguesas, mas é como se tivesse havido portuguesas e portugueses mortos e feridos porque aqueles de inúmeros países que foram vítimas eram e são nossos irmãos".
“Em termos de fraternidade europeia e universal, nunca os esqueceremos”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa, evocando as vítimas “de atentados contra a liberdade, a paz, a democracia, a fraternidade, na Europa como no mundo”.
O chefe de Estado lembrou ainda que “a Europa fez-se, as Comunidades Europeias fizeram-se, a União Europeia fez-se para construir a paz, a paz na Europa, a paz no mundo e essa é a mensagem virada para o futuro, não é apenas homenagear aqueles que partiram, mas é comprometermo-nos a lutar pela paz no futuro da Europa e do mundo”.
A visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Bruxelas iniciou-se com um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Após a homenagem às vítimas dos atentados, o Presidente será recebido pelo Rei Filipe dos Belgas, a quem irá transmitir que “não foi por acaso” que escolheu este dia para estar em Bruxelas.
“Acompanhamos aquilo que é a dor de todos os nossos irmãos belgas e de muitos outros, de muitas outras nacionalidades, que aqui morreram ou foram feridos”, disse.
Os atentados, cometidos no aeroporto internacional de Bruxelas e na estação de metro de Maelbeek, e reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, foram os mais graves de sempre em território belga, tendo causado 32 mortos e cerca de duas centenas de feridos.
Desde que iniciou o seu mandato, em 09 de março do ano passado, esta é a 22.ª deslocação ao estrangeiro de Marcelo Rebelo de Sousa, tendo uma das primeiras sido uma visita ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, em abril de 2016.
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