Trata-se de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que Portugal e a Etiópia patrocinam, e em que o chefe de Estado irá intervir juntamente com a Presidente etíope, Sahle-Work Zewde.

Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa tem também marcados encontros bilaterais com os presidentes do Egipto, Abdel Fatah al-Sisi, e da Nigéria, Muhammadu Buhari.

Antes de regressar a Portugal, o Presidente da República deverá ainda visitar uma livraria-alfarrabista em Manhattan.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Nova Iorque no domingo, para participar na Cimeira da Ação Climática de segunda-feira e no debate geral desta 74.ª sessão desta Assembleia Geral da ONU, em que discursou na terça-feira.

No seu discurso, avisou que se deve aprender com o fracasso da Liga das Nações, que não evitou a II Guerra Mundial, e que "ninguém é uma ilha", pedindo apoio à ONU.

O chefe de Estado afirmou que "só aqueles que não conhecem a História e, por isso, não se importam de repetir os erros do passado, minimizam ou relativizam o papel das Nações Unidas".

"Nesta sala, felizmente, somos todos patriotas", acrescentou, concluindo: "e o melhor não é ignorar o mundo em que vivemos, e em que dependemos. Nós, patriotas, nós sabemos que precisamos de mais, e não de menos, Nações Unidas. Não repitamos, cem anos depois, os mesmos erros da Liga das Nações", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa falou de patriotismo após ter ouvido o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, dizer, na sessão de abertura deste debate geral, que "o futuro não pertence aos globalistas, mas aos patriotas".

Os líderes devem ser "não só multilateralistas", como "verdadeiros patriotas das nossas próprias pátrias", contrapôs o Presidente português.

Este foi o seu terceiro discurso no debate geral anual entre chefes de Estado e de Governo dos 193 Estados-membros da ONU, em que se estreou em 2016.

Nessa 71.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o Presidente português esteve focado na candidatura de António Guterres a secretário-geral desta organização - cargo para o qual o antigo primeiro-ministro português seria escolhido menos de um mês depois, iniciando funções em 01 de janeiro de 2017.

Na 72.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em 2017, foi o primeiro-ministro, António Costa, quem representou o Estado português.

No ano passado, voltou a ser Marcelo Rebelo de Sousa a representar Portugal no debate geral da 73.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.