Durante uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa, em que foi constantemente solicitado para tirar fotos com portugueses e estrangeiros, sobretudo chineses, o Presidente da República comentou que vai fazer escala em Cabo Verde, no domingo, e depois em São Tomé e Príncipe, a caminho de Angola.

Mais tarde, foi questionado pela comunicação social sobre a sua deslocação a Angola, onde deverá chegar na terça-feira, dia 05 de março, para uma visita de Estado que decorrerá entre os dias 06 e 09, e respondeu que leva "o mesmo espírito desta feira" de produtos agroalimentares, "o espírito de diálogo, no quadro dos países irmãos, dos povos irmãos que falam português".

"Eu parto no fim de semana e estarei na semana que vem em Angola com o mesmo espírito, que é estreitar a fraternidade entre povos, estreitar a fraternidade entre pátrias, estreitar a fraternidade entre Estados. E, se os Estados souberem acompanhar aquilo que os povos sentem, não tenho dúvidas de que será um grande momento", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Antes de responder a questões dos jornalistas, o chefe de Estado português prestou homenagem a Carlos Morais, proprietário do jornal Mundo Português e dinamizador do SISAB, a maior feira nacional vocacionada para a exportação de produtos agroalimentares, que morreu em julho do ano passado, aos 58 anos, e que recordou como "um sonhador".

Interrogado sobre a situação na Venezuela, o Presidente da República reiterou a posição que transmitiu hoje, em conjunto com o seu homólogo peruano, Martín Vizcarra, de que "a violência não é a solução e deve ser condenada".

"A solução é um caminho pacífico, é um caminho de evolução constitucional, é um caminho de eleições livres. É um caminho de dar a palavra aos venezuelanos para escolherem o seu destino. E é, entretanto, o caminho de permitir a ajuda humanitária que nomeadamente a União Europeia a as Nações Unidas querem fazer chegar ao povo venezuelano", contrapôs.