Em resposta a perguntas dos jornalistas no Campus de Carcavelos da Universidade Nova de Lisboa, depois de ter participado na sétima edição do Fórum Euro-África, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é ainda mais importante na atual conjuntura não se governar por duodécimos do que era em 2021: "É isso mesmo".
Contudo, recusou responder se, em caso de chumbo do Orçamento do Estado, irá dissolver a Assembleia da República, como fez há três anos: "Eu não quero dizer mais do que aquilo que disse".
"Aquilo que o Presidente da República pode fazer é, nas decisões que venha a tomar, daqui até lá, sobre leis, também pensar naquilo que é melhor para criar um clima favorável à passagem do Orçamento", considerou.
Interrogado se seria compreensível que decidisse agora de forma diferente de há três anos perante uma crise orçamental, Marcelo Rebelo de Sousa evitou uma resposta direta: "Eu acho que é muito óbvio para mim que tudo se deve fazer para que o Orçamento passe".
"Portanto, o Presidente da República, naquilo que diz e também naquilo que não diz, deve ser um fator de estabilidade. Têm notado que eu ultimamente tenho falado muito pouco, porque precisamente entendo que é um período em que falar pouco ajuda a entendimentos mútuos", acrescentou.
O chefe de Estado disse ver "com bons olhos" tudo o que signifique "abertura ao diálogo" por parte dos líderes partidários.
No seu entender, há "muito tempo" até outubro para "que haja a ultrapassagem de ruídos e se crie um clima favorável à passagem do Orçamento".
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