A RTP avança que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já visitou o caixão de Isabel II em Westminster Hall, onde prestou homenagem à monarca britânica que faleceu no passado dia 8 de setembro.
Ao chegar ao balcão onde os representantes oficiais dos países são encaminhados pelos assistentes parlamentares, o Presidente português desceu ao nível do chão para se aproximar mais e benzeu-se ao passar junto ao caixão, perto do público e dos guardas, relata a Lusa.
O Presidente português não teve de ficar a aguardar na fila que se estende por vários quilómetros e leva horas a percorrer porque os chefes de Estado têm uma via de acesso própria.
O Chefe de Estado foi acompanhado pelo embaixador de Portugal em Londres, Nuno Brito, e pela chefe do Protocolo de Estado, embaixadora Clara Nunes dos Santos.
De seguida, o Presidente vai assinar o Livro de Condolências oficial em Lancaster House antes de participar numa receção no Palácio de Buckingham oferecida pelo Rei Carlos III aos líderes internacionais que viajaram para presenciar as cerimónias fúnebres com honras de Estado na segunda-feira.
Isabel II faleceu a 8 de setembro, aos 96 anos, no seu castelo escocês de Balmoral, após sete décadas de reinado. A proclamação do rei Carlos III aconteceu dois dias depois e as homenagens à monarca britânica mais longeva da história prosseguem.
Desde quarta-feira, milhares de pessoas têm aguardado numa fila de vários quilómetros para dar o último adeus à única rainha conhecida pela maioria dos britânicos, numa capela instalada em Westminster Hall.
Atualmente o tempo de espera é de 13 horas e as autoridades estão a considerar encerrar a entrada de mais pessoas porque o acesso ao velório fecha às 06:30 de segunda-feira.
A polícia de Londres comunicou entretanto ter acusado um homem de 28 anos que avançou na direção do caixão no domingo de "causar alarme, assédio ou angústia” para comparecer no Tribunal de Westminster na segunda-feira.
Hoje às 20:00, o Reino Unido cumpre um minuto de silêncio como “momento de reflexão” em memória da monarca, que morreu em 08 de setembro aos 96 anos após 70 de reinado, o mais longo de sempre no Reino Unido.
O funeral de Isabel II — o primeiro funeral de Estado desde o do ex-primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965 — decorre esta segunda-feira e terá a presença de dezenas de líderes mundiais, o que representa um enorme desafio de segurança.
O "funeral do século" começará na segunda-feira às 11:00 horas na Abadia de Westminster, perante de 2.000 convidados. Os analistas calculam que será assistido por 4,1 mil milhões de pessoas pelo mundo, graças à televisão e às redes sociais.
Cerca de um milhão de pessoas deverá afluir à cidade para assistir às cerimónias nas ruas, adiantou o presidente-executivo da entidade responsável pelos transportes de Londres TfL, Andy Byford.
A rede ferroviária programou cerca de 250 comboios adicionais, enquanto que no aeroporto de Heathrow, o maior da capital, mais de 100 voos serão cancelados para evitar que o ruído dos aviões perturbe os serviços fúnebres na abadia de Westminster de manhã e no castelo de Windsor à tarde.
As autoridades disse foram erguidas barreiras ao longo de 36 quilómetros no centro de Londres para controlar multidões e manter seguras algumas áreas importantes em torno do parlamento, da Abadia de Westminster e do Palácio de Buckingham.
A polícia de Londres considera esta a maior operação e mais complexa de segurança na capital, com mais de 10.000 agentes nas ruas por dia, o que levou à mobilização de polícias do resto do país.
As forças armadas também estão envolvidas, não só na segurança mas também nos cortejos, tendo sido destacados 5.949 soldados desde a morte da monarca, além de 175 efetivos de forças de nações da Commonwealth.
Destes, pelo menos 1.650 vão participar no cortejo do caixão da rainha desde a abadia de Westminster até ao Arco de Wellington, após o funeral, 1.000 vão estar ao longo das ruas, e outros 1.170 vão acompanhar o cortejo e cerimónias no Castelo de Windsor, onde o corpo será sepultado.
Após o funeral, o caixão será transportado pela capital britânica até o Arco de Wellington, no Hyde Park Corner. No local, será colocado num carro fúnebre para a última viagem até o Castelo de Windsor.
O corpo da monarca será sepultado a partir das 19:30 na capela do rei George VI, onde estão os caixões do seu pai e da sua mãe, assim como as cinzas da sua irmã Margaret.
(Atualizado às 15h42)
Comentários