“Falando com o Presidente Nyusi, nós preparámos a hipótese de, numa futura vinda minha, porventura em agosto, a Quelimane, estudarmos uma ida a Cabo Delgado”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, num hotel de Maputo.

Questionado se irá a Cabo Delgado já em agosto, respondeu: “Não sei, se for possível. É uma hipótese que seria interessante ir a Cabo Delgado para ver o resultado daquilo que é a formação dada. Os homens que vi hoje no Chimoio partem dentro de dias já para Cabo Delgado”.

O Presidente português fez um balanço “muito positivo” desta visita oficial a Moçambique, e reiterou a mensagem de que “a vitória sobre o terrorismo é sempre uma realidade muito difícil, porque não supõe apenas uma vitória militar, é preciso depois uma vitória económica, social, política, administrativa”.

“É preciso que as populações se fixem, tenham infraestruturas económicas e sociais, e que a normalização da vida e a segurança sejam duradouras. Isso é uma realidade mais longa”, acrescentou.

Durante esta visita a Moçambique, Marcelo Rebelo de Sousa visitou duas unidades da missão de formação militar da União Europeia (UETM), uma no Chimoio, na província de Manica, e outra no distrito da Katembe, nos arredores de Maputo.

No sábado, o chefe de Estado defendeu que se deve dar continuidade a esta missão de treino militar, criada em julho de 2021, que realçou ter sido impulsionada por Portugal durante a presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre desse ano.

A província de Cabo Delgado, rica em gás natural, tem sido aterrorizada desde 2017 por atos de violência por grupos armados, alguns reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que Cabo Delgado “vai continuar a ser uma prioridade”, para Portugal e manifestou-se convicto de que o mesmo acontecerá com a União Europeia e de que a comunidade internacional “não vai esquecer” o assunto.

Esta é a sua terceira deslocação enquanto Presidente da República a Moçambique, onde fez a sua primeira visita de Estado, em maio de 2016, circunscrita à capital e arredores, e regressou em janeiro de 2020, para a posse de Nyusi após a sua reeleição, ocasião em que, além de Maputo, foi à Beira.

A visita que tem planeada para agosto deste ano será para estar presente na reabertura, após restauro, da catedral de Quelimane, capital provincial da Zambézia.

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