“As nossas fronteiras já não são o que eram e hoje passam por África, pelo Golfo da Guiné, pelo Atlântico, pela fronteira de vários países da União Europeia, da NATO com a Ucrânia, passam pela solidariedade para com o povo martirizado ucraniano: estas são as novas fronteiras de Portugal. Mas, se queremos prevenir e construir a paz, temos de dar às nossas Forças Armadas ainda mais força”, sustentou.
Na sua intervenção na cerimónia evocativa do 104.º aniversário da Batalha de La Lys e do Dia do Combatente, que decorreu ao longo da manhã no Mosteiro da Batalha, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que apesar de a sociedade atual se ter habituado à ideia de que não haveria mais conflitos, “ninguém está longe da guerra".
“Todos devem trabalhar pela paz. Trabalhar pela paz é criar mais justiça, mais crescimento económico, menos pobreza e menos desigualdades, mas é também prevenir a paz fortalecendo e prestigiando as Forças Armadas”, destacou.
Para tal, o chefe do Estado defende que se criem melhores condições para os combatentes de hoje.
“Se queremos ter combatentes pela paz hoje, então criamos condições para eles. Essa é uma escolha do país, não é a escolha de um governante”, salientou.
No dia em que se prestou homenagem aos antigos combatentes, o Presidente da República disse ainda que este era o momento de se agradecer também os combatentes das Forças Nacionais Destacadas.
“Na Bósnia, no Kosovo, no Afeganistão, na Somália, no Golfo da Guiné, no Mali e na República Centro-Africana. Nós continuamos a ter combatentes e, às vezes, nós como pátria esquecemo-nos deles”, referiu, acrescentando ainda que são também combatentes todos aqueles que combateram os incêndios florestais ou a pandemia de covid-19.
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