"No geral, e tirando um episódio, a manifestação foi pacífica, houve a possibilidade de contacto - não quer dizer convergência ou concordância - com o Governo, está a haver o contacto com deputados, penso que o balanço global é positivo", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas no final da inauguração da nova sede da UGT, em Lisboa.

Notando que a circulação na cidade de Lisboa se está a fazer normalmente, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que existiu um "episódio menos feliz", mas insistiu que se tratou de "um episódio num quadro geral".

Além disso, reiterou, representantes dos taxistas falaram com o ministro do Ambiente e, segundo o Presidente da República, quando estava a dirigir-se para a UGT ouviu a notícia de que "iriam a São Bento falar com deputados".

Por isso, acrescentou o chefe de Estado, a ideia de que a manifestação foi pacífica, à parte de um episódio "menos feliz", e o facto de haver a possibilidade da apresentação das razões dos taxistas aos vários órgãos do poder político, resultam num "saldo positivo".

Questionando pelo facto da manifestação dos taxistas está a prolongar-se desde o início da manhã, Marcelo Rebelo de Sousa considerou "natural", ainda por cima "estando em curso uma conversa com deputados".

Interrogado sobre a forma como o Governo está a conduzir o processo, o chefe de Estado escusou-se a fazer comentários.

Os jornalistas tentaram ainda falar com o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, mas o autarca escusou-se a falar sobre a manifestação dos taxistas.

Centenas de taxistas estão desde a manhã de hoje em protesto junto ao aeroporto de Lisboa, bloqueando o trânsito até à rotunda do Relógio, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico contra a plataforma Uber.

Os profissionais estão em luta contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify e tinham como destino a Assembleia da República.

As plataformas Uber e Cabify permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação para ‘smartphones', mas estes operadores não têm de cumprir os mesmos requisitos - financeiros, de formação e de segurança - do que os táxis.