“Até agora só temos conversa. António Costa tenta desviar as atenções sobre a sua incompetência repetindo acusações falsas de uma forma irresponsável por, aparentemente, não perceber que, mais do que o anterior governo, atinge com acusações de comportamentos impróprios as entidades nacionais e europeias”, disse Maria Luís Albuquerque.

Numa declaração aos jornalistas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Maria Luís Albuquerque reagia à entrevista do primeiro-ministro, segunda-feira, à RTP em que, acusou Costa de repetir mentiras, "certamente na convicção de que uma mentira repetida muitas vezes passa a ser verdade”.

Para a ex-ministra do governo PSD/PP, na entrevista, António Costa voltou a dizer que o anterior Executivo (PSD/PP) ocultou a verdadeira situação do setor financeiro, incluindo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), para poder assegurar a saída limpa do Programa de Ajustamento.

“Ao fazer uma acusação desta gravidade – mesmo que falsa – António Costa não põe apenas em causa o anterior governo. Coloca uma mancha sobre a seriedade e competência da anterior administração da CGD”, afirmou.

Maria Luís Albuquerque disse também que António Costa, além de ter colocado em causa os reguladores, - desde o Banco de Portugal, à CMVM e ao Banco Central Europeu -, comprometeu também os auditores “em quem diz agora depositar confiança” para apurar os montantes da próxima operação de recapitalização da CGD.

A ex-ministra recordou ainda que quando o anterior governo (PSD/PP) entrou em funções encontrou o sistema financeiro, com “gravíssimos problemas como seria inevitável num país à beira da banca rota” deixado pelo governo socialista de José Sócrates, de que, acrescentou, António Costa também fez parte.

Ainda sobre a CGD, Maria Luís Albuquerque, frisou que o governo de António Costa nada fez e que se desconhece o que pretende fazer.

“Este governo está em funções há um ano e até agora não fez nada. Continuamos sem saber quanto dinheiro dos contribuintes vai ser colocado na CGD, quais são as consequências para a atividade do banco, para os seus trabalhadores e para que servirá a injeção de dinheiro público e privado que se perspetiva”, concluiu.