Numa entrevista na televisão indonésia, um oficial da Marinha, Haris Djoko Nugroho, disse que os mergulhadores estão a ser posicionados no local depois de um sonar de varredura lateral ter produzido uma imagem mais detalhada do objeto e da sua localização, a uma profundidade de 32 metros a nordeste de Jacarta.
O mesmo oficial adiantou que o objeto foi localizado na terça-feira à noite.
As duas caixas negras do aparelho ainda não foram encontradas pelos mergulhadores das equipas de resgate e ainda não foi possível apurar a causa do acidente que não registou qualquer sobrevivente.
O avião devia fazer a ligação entre Jacarta e Pangkal Pingang (Sumatra), um ponto de trânsito para turistas que tradicionalmente se deslocam depois para as praias de Belitung.
De acordo com a Lion Air, o Boeing estava ao serviço da empresa de viagens de baixo custo desde o passado mês de agosto.
O piloto e o copiloto tinham, em conjunto, 11 mil horas de voo e tinham feito recentemente testes médicos e análises de despistagem de drogas.
Edward Sirait, patrão da Lion Air, reconheceu na segunda-feira que a companhia procedeu a reparações no avião, em Bali, antes do último voo, mas não especificou a natureza da intervenção acrescentando que se tratou de “um procedimento normal”.
Segundo a BBC, que teve acesso ao relatório técnico do voo entre Bali e Jacarta, efetuado no passado domingo, verificava-se uma “falha de fiabilidade” num instrumento de medida de velocidade e divergências nas medidas de altitude entre os aparelhos do piloto e do copiloto.
A empresa construtura Boieng emitiu um comunicado no qual afirma “um pesar profundo” e anunciou que está disposta a fornecer assistência técnica no quadro do inquérito sobre o acidente.
O fabricante norte-americano suspendeu a produção de 737 MAX no ano passado logo após a comercialização dos aparelhos, justificando a sua decisão com o facto de ter detetado problemas nos motores.
A Lion Air é a principal companhia de baixo custo da indonésia e tinha anunciado em 2017 a compra de 50 Boeing 737 MAX.
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