A caravana de Marisa Matias esteve hoje na terra natal do seu opositor Vitorino Silva, mas apenas de passagem, uma vez que o destino final era Peroselo, também em Penafiel, um local visitado regularmente pelos bloquistas devido à luta dos pedreiros para conseguirem a reforma antecipada, por ser uma profissão de desgaste rápido.
Em declarações aos jornalistas, a recandidata presidencial apoiada pelo BE foi questionada sobre se teme uma abstenção muito elevada nas eleições de dia 24 de janeiro devido à pandemia.
“Nós o que vimos até agora foi uma vontade enorme das pessoas de exercerem o seu direito de voto com a quantidade de pessoas que resolveu inscrever-se para votar no voto antecipado, que demonstraram ter essa vontade. O que nós estamos a ver são pessoas motivadas e que querem exercer o seu direito de voto”, respondeu.
As “condições são difíceis e o contexto de pandemia não ajuda”, admitiu a dirigente bloquista, mas foi clara quando defendeu que “os poderes que estão em vigor têm de garantir é que as pessoas têm condições para votar”.
“É tão simples quanto isso. Garantir as condições sanitárias porque do lado das pessoas, até ver, o que temos é um sinal de vontade de exercer o seu direito”, enfatizou.
O tema de uma hipotética desistência a favor de Ana Gomes já foi por diversas vezes afastado por Marisa Matias, que ainda na sexta-feira deixou claro que não vai desistir.
“Já respondi a essa pergunta e não alterou em nada. A não ser que haja aqui uma agenda política que não é minha e que não sei qual é a favor de outra candidatura, eu não percebo, eu não vou desistir. Isso não vai acontecer”, reiterou na sexta-feira.
Hoje, perante a insistência na pergunta, a eurodeputada bloquista foi perentória: “eu estou aqui para falar com os pedreiros de Peroselo, para falar dos seus direitos, das suas lutas. É sobre isso que estou a fazer a minha campanha”.
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