Questionada hoje no Porto pelos jornalistas sobre a injeção de capital aconselhado pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP), Marta Temido disse “compreender a preocupação e recomendação obviamente”.
“Não deixamos de sublinhar que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve um acréscimo de financiamento de 1.400 milhões de euros, que teve também reforços de capital de um valor equivalente. Ou seja, tivemos pela primeira vez em 2019 um valor do orçamento do SNS que está acima do orçamento de 2010 e isso é significativo. Foi um esforço de todos nós”, acrescentou à margem da inauguração da Unidade de Internamento Psiquiatria Forense no Hospital Magalhães de Lemos (Porto).
A ministra da Saúde reforçou, todavia, que a preocupação para o futuro é de “dupla natureza”.
“Por um lado reforçar esse esforço de afetação de recursos ao SNS, mas por outro lado, garantir também uma gestão cada vez mais eficiente”, afirmou.
A necessidade cíclica de “injeções financeiras discricionárias” do Ministério das Finanças para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é estrutural e promove a desresponsabilização da gestão hospitalar, conclui uma análise do Conselho das Finanças Públicas.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) divulgou na quinta-feira um documento de análise à contratualização com as empresas públicas prestadoras de cuidados de saúde, que no fundo são os Centros Hospitalares, os IPO e as Unidades Locais de Saúde.
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