"Está a fazer-se um esforço para contratar mais profissionais e ainda não é uma realidade que haja uma interrupção nos serviços de Farmácia no Hospital de São João", explicou a governante, adiantando que as novas contratações poderão acontecer "nos próximos dias".
"Trata-se de uma situação que importa ultrapassar rapidamente", disse Marta Temido à margem da inauguração do novo Centro de Saúde de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.
A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos alertou hoje que a segurança dos doentes está posta em causa nos hospitais públicos por falta de profissionais e diz que só falta aos farmacêuticos “lavar o chão” das farmácias hospitalares.
Ana Paula Martins escreveu esta semana uma carta à ministra da Saúde na qual manifesta a sua “maior preocupação” com a falta de recursos humanos nos hospitais, concretamente nas farmácias hospitalares, responsáveis pela preparação dos medicamentos dos doentes.
“A segurança está em causa porque os farmacêuticos não são em número suficiente para as atividades que já hoje têm”, escreve a bastonária na carta enviada a Marta Temido, em que dá exemplos de atividades que os farmacêuticos tiveram de deixar de realizar nos hospitais.
Em resposta, Marta Temido, já havia dito hoje, em Coimbra, que as suas equipas estão a trabalhar para ultrapassar a questão da falta de recursos humanos nas farmácias hospitalares.
"A preocupação da senhora bastonária da Ordem dos Farmacêuticos mereceu-me a mesma preocupação, com a circunstância adicional de que à ministra da Saúde cabe-lhe ultrapassar os problemas", disse Marta Temido.
A administração do Hospital de São João, no Porto, admitiu hoje que, devido a “um défice muito relevante” de recursos humanos, “não é possível” manter o Serviço de Farmácia "na sua plenitude”.
"Devido à situação deficitária não é possível ao Serviço de Farmácia manter o nível de serviço na sua plenitude e que sempre foi norma no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ)", afirma a administração do hospital, em comunicado.
De acordo com a nota de imprensa, "não está tomada nenhuma decisão definitiva em relação à manutenção da presença física de farmacêutico durante o período noturno, mas, tal como em outros hospitais, pode não ser possível manter a prestação atual".
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