“A procura de máscaras aumentou em 8.000%. São agora procuradas 80 mil unidades diariamente nas farmácias. O alarme é infundado e as máscaras não são necessárias”, disse Eladio González Minor, citado pela agência Efe.

O presidente da Fedifar confirmou que nas farmácias não existem máscaras nem géis desinfetantes e advertiu que alguns produtos vendidos na Internet, onde os preços dispararam, não são fiáveis e podem mesmo ter efeitos negativos para a saúde.

“O coronavírus está a anos-luz do que normalmente acontece todos os anos com a gripe”, disse González Minor, acrescentando que, ao contrário das máscaras, os géis desinfetantes, de fabrico nacional, poderão ser substituídos em breve.

“Todos os géis que são normalmente encomendados num ano inteiro foram encomendados num mês, mas em breve estarão disponíveis nas farmácias”, afirmou.

Segundo este responsável, o preço destes produtos não aumentou muito nas farmácias, mas sim nas vendas pela Internet, onde foi multiplicado por dez.

Para González Minor quando não é possível verificar quem é o fabricante ou as características de um produto vendido pela Internet, “não é de fiar”, e no caso das máscaras, os efeitos podem ser negativos para a saúde.

A Sociedade Espanhola de Médicos de Clínica Geral e Familiar (SEMG) também realçou hoje que a utilização generalizada de máscaras não é necessário, exceto para os pacientes ou nos casos em que se suspeite de uma infeção do novo coronavírus.

Num comunicado publicado hoje, esta sociedade reitera a recomendação do Ministério da Saúde espanhol e lembra que não é necessário que os cidadãos recorram a esta medida de proteção, cuja procura elevada levou à sua escassez nas farmácias.

“Não há necessidade de a população ficar alarmada e começar a comprar máscaras indiscriminadamente nas farmácias, na Internet ou noutros estabelecimentos”, explica Maite Jorge, chefe do Grupo de Doenças Infecciosas do SEMG, citado também pela Efe.

De acordo com este especialista, é suficiente ter uma “higiene respiratória” adequada (tossir usando um lenço descartável ou pondo o cotovelo sobre a boca) e uma “estrita” higiene das mãos.

O SEMG esclarece que existem dois tipos de máscaras: a cirúrgica, recomendada para pacientes e casos suspeitos de infeção, e as chamadas “FFP2″ ou de alta proteção, que impedem que as partículas de ar sejam inaladas pelo utilizador.

Os serviços de saúde espanhóis confirmaram hoje dois novos casos de infeção por coronavírus em Madrid, correspondentes a pessoas que não viajaram para fora de Espanha, estando um deles em estado grave, o que elevaria para três o número de infeções em território espanhol.

Estes dois casos e um terceiro relatado esta manhã em Barcelona, uma mulher de 22 anos que esteve em Milão (Itália), elevam para 15 o número total de casos de coronavírus hospitalizados em Espanha, dos quais 12 teriam sido infetados durante a sua passagem pela Itália.

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