"O combate está a evoluir favoravelmente, mas prevemos manter os trabalhos durante algumas horas. A dificuldade maior é o vento que, inicialmente, fez com que o incêndio evoluísse muito rapidamente. Prevê-se uma fase de rescaldo complicada, mas não identifico nenhum perigo", disse Romero Gandra.

O incêndio está a consumir a empresa Júlio Rodrigues, um centro de abate de veículos em fim de vida localizado em São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, causando uma coluna de fumo que podia ser vista do concelho do Porto.

O alerta foi dado cerca das 10:00 e cerca das 13:00, conforme indicações dadas aos jornalistas pelo presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins, o fogo estava a ser combatido por 82 homens de 11 corporações do Grande Porto, auxiliados por 30 viaturas.

Romero Gandra contou que o material que está a arder no interior da sucata são detritos de carros e óleos "altamente inflamáveis", mas garantiu que "não há ocorrência de feridos excetuando uma bombeira assistida por exaustão e inalação de fumo".

O presidente da câmara de Gondomar descreveu que, no total, a sucata tem cerca de 5.000 metros quadrados, tendo o incêndio deflagrado na zona de armazém de viaturas, não tendo afetado a zona de escritórios.

Entretanto, "por precaução", conforme afirmaram Romero Gandra e Marco Martins, a Proteção Civil Municipal está a dar indicações aos vizinhos para que fechem as portas e janelas e cumpram regras de segurança.

Esta indicação foi dada, por exemplo, aos responsáveis da escola EB1 de Fânzeres, bem como a empresas vizinhas, e foi ainda difundida junto da Proteção Civil Distrital.

Já questionado sobre o licenciamento da empresa onde este incêndio teve origem, Marco Martins afirmou que "o projeto de licenciamento está em vigor e a empresa cumpre regras de segurança, sendo até relativamente moderna".

O autarca estima que a empresa empregue cerca de 10/12 funcionários, acreditando que "os postos de trabalho não estão em perigo".

Sobre as possíveis causas para este incêndio, que causou explosões de botijas de gás e de oxigénio, tanto o comandante dos bombeiros como o presidente da câmara de Gondomar consideraram "prematuro tentar avançar com hipóteses".