A situação no concelho "é cada vez mais tranquila", com o leito do Mondego a ter já "baixado bastante", disse à Lusa o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.

De acordo com o autarca, neste momento, avançam os trabalhos de limpeza neste concelho do distrito de Coimbra, muito afetado na sequência das depressões Elsa e Fabien, nomeadamente na estrada nacional 111, que já está desimpedida, mas que falta ser limpa.

A localidade de Ereira é a que preocupa mais a Câmara de Montemor-o-Velho, que continua com água, sendo que entre quarta-feira e hoje o nível de água apenas baixou sete centímetros, referiu Emílio Torrão.

Neste momento, a autarquia está no terreno para garantir que a situação na Ereira não piora, uma vez que, face às marés de lua, as comportas da estação de bombagem do rio Foja terão de ser fechadas à meia-noite, disse o presidente da Câmara.

A Ereira, localizada na margem direita do Mondego, perto do canal principal do rio, é conhecida por ser uma espécie de ‘ilha' no meio da bacia do Mondego, porque, antes da obra de regularização do rio, na década de 1970, todos os anos ficava isolada por cheias e inundações.

Os efeitos do mau tempo da semana passada, na sequência das depressões Elsa e Fabien, provocaram três mortos e deixaram 144 pessoas desalojadas, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.

O mau tempo levou também a condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, danos na rede elétrica e a subida dos caudais de vários rios, provocando inundações em zonas ribeirinhas das regiões Norte e Centro, em particular no distrito de Coimbra.

No rio Mondego, a rutura de dois diques provocou cheias em Montemor-o-Velho, onde várias zonas foram evacuadas e uma grande área, incluindo muitas plantações, estradas e o Centro de Alto Rendimento, ficou submersa.

A situação começou a ter na segunda-feira os primeiros sinais positivos de melhoria e diminuição do grau de risco, segundo a Proteção Civil.

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