“As buscas serão retomadas amanhã de manhã cedo, tanto por via aérea como terrestre”, devido à chuva e ao cair da noite, disse o porta-voz do Exército nepalês, Narayan Silwal, à EFE.
As equipas de salvamento estão a concentrar-se numa área conhecida como Khaibang, no centro do país asiático, com base nos dados recebidos do transmissor de posição de emergência, disse o porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Nepal, Deo Chandra Lal Karna.
Karna disse que a busca aérea teve de ser suspensa durante o dia por razões de visibilidade e que a operação terrestre “está em curso, embora não seja claro quando chegarão à área”.
O avião Twin Otter, pertencente à companhia aérea nepalesa Tara Air, estava a voar da cidade central de Pokhara para o aeroporto de Jomsom, no distrito de Mustang, disse Sudarshan Badtaula, porta-voz da Yeti Airlines, a companhia mãe da Tara Air, à EFE.
Badtaula adiantou que a empresa mobilizou um grupo de sherpas (pessoas nativas das regiões montanhosas do Nepal) para chegar à área devido ao terreno difícil e que os esforços de busca começarão amanhã ao amanhecer com a ajuda de cinco helicópteros.
Segundo a mesma fonte, o avião 9N-AET descolou de Pokhara por volta das 09:55 hora local (05:10 hora de Lisboa) e as autoridades perderam o contacto apenas dez minutos mais tarde. A bordo viajavam treze nepaleses, quatro indianos, dois alemães, além de três membros da tripulação.
O acidente de avião mais grave no Nepal nos últimos anos ocorreu em março de 2018, quando um avião da companhia aérea do Bangladesh US-Bangla, de Daca, se despenhou enquanto aterrava no Aeroporto Internacional de Catmandu com 67 passageiros e quatro membros da tripulação a bordo.
O acidente resultou em 51 mortes e 20 sobreviventes, tornando-o no pior do género desde 1992 no Nepal.
Em julho desse ano, 113 pessoas morreram a bordo de um Airbus A310-300 da Thai Airways que se despenhou nos Himalaias ao aterrar no aeroporto de Catmandu.
Apenas dois meses depois, outro avião, desta vez pertencente à Pakistan International Airlines, despenhou-se ao aproximar-se do aeroporto de Catmandu, resultando em 167 mortes.
O Nepal, com frequentes acidentes aéreos, tem sido alvo de repetidas sanções internacionais por falta de controlo.
A União Europeia proibiu em 2013 as companhias aéreas nepalesas de voar para o território.
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