“As empresas de seguros estão no terreno a recolher as informações necessárias para o pagamento das indemnizações devidas”, referiu à Lusa fonte oficial da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), adiantando que o objetivo é que as populações possam retomar a normalidade o mais depressa possível.

Em resposta à Lusa, a mesma fonte oficial indicou que a APS já lançou o inquérito às empresas de seguros suas associadas para recolher os dados globais relativos aos sinistros registados, tendo adiantado que neste momento as seguradoras continuam a receber participações de sinistros.

Neste contexto, a “APS transmitirá informações sobre estes dados” assim que estejam estabilizados.

O presidente APS, José Galamba de Oliveira, numa declaração escrita precisou que tudo está a ser feito com o objetivo de “apoiar as populações a retomar a normalidade o mais breve possível, dando resposta às necessidades mais prementes e permitindo a rápida reparação e reconstrução dos bens e estruturas danificadas pelo mau tempo”.

Os efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas e outras 352 deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.

O mau tempo, provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado a depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil, num balanço feito hoje às 10:00, disse que o distrito de Coimbra é aquele que ainda causa maior preocupação, apesar de o número de ocorrências ter “baixado significativamente”, esperando-se a redução do leito do rio Mondego nos próximos dias.