Numa nota enviada hoje à agência Lusa, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) informa que, “através do seu Gabinete de Informação e Tecnologia, está a implementar uma Rede de Apoio ao Médico, em resposta exclusiva e inédita, para otimizar o percurso do doente com suspeita de Covid-19”.

A Rede, que visa “apoiar a Linha de Apoio ao Médico, nas solicitações oriundas da região Centro”, está a ser articulada com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

“Face ao contexto complexo em que os médicos estão a trabalhar”, a iniciativa congrega todas as unidades dos Cuidados de Saúde Primários, de Saúde Familiar e de Cuidados de Saúde Personalizados da área da ARSC.

A operação envolve, no conjunto, 178 unidades funcionais que “mobilizam 350 médicos especialistas para este fim”, afirma a Ordem, sublinhando que “em cada unidade funcional participarão pelo menos dois médicos”.

Com base em plataformas digitais de comunicação, este projeto partilhará conteúdos e módulos formativos, sessões de esclarecimento de dúvidas, com o objetivo de otimizar a referenciação dos doentes com a covid-19, acrescenta.

O Gabinete de Informação e Tecnologia está a “articular toda a informação na plataforma TEAMS para que esta ferramenta de comunicação remota possa auxiliar os médicos da região Centro a fazer a ‘qualificação da referenciação Covid-19’”, refere ainda a SRCOM.

A ARSC já iniciou o processo de formação, via TEAMS, em colaboração com a SRCOM, para assegurar dois médicos ‘validadores’ por cada unidade, de acordo com Ivo Reis, coordenador do Gabinete de Informação e Tecnologia da Ordem dos Médicos no Centro.

“Estamos num contexto difícil e devemos usar todas as ferramentas de ajuda, neste caso, à validação da doença Covid-19 por parte dos médicos”, sublinha o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, citado na mesma nota.

“A Ordem dos Médicos reconhece que esta rede de comunicação remota, em plataforma digital, pode ser uma ajuda fulcral para incrementar, de forma célere e validada, o percurso do doente com suspeita de SARS-CoV-2”, conclui Carlos Cortes.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019 na China e já infetou mais de 400.000 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 18.000 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde indicou que o surto de Covid-19 já provocou 33 mortes e 2.362 infetados.