Em comunicado hoje divulgado, o SNPVAC destaca nas medidas apresentadas “o despedimento de 750 Tripulantes efetivos, além dos mais de mil contratos a termo denunciados, o que perfaz uma extinção permanente de mais de 1800 postos de trabalho” e a “imposição de uma redução de 25% da massa salarial, medida transversal e imposta a todo o Grupo TAP”.

Segundo a estrutura sindical “o plano de reestruturação apresentado não é incompatível com a manutenção dos postos de trabalho e dos vencimentos dos tripulantes de cabine”, tendo a própria empresa previsto um resultado operacional positivo para 2023

Os números apresentados pela transportadora aérea, alega o sindicado “representam danos incalculáveis” para os funcionários, tendo o SNPVAC transmitido à administração soluções alternativas que permitem salvaguardar postos de trabalho, minimizando o número total de despedimentos.

“Não é com reduções salariais e com despedimentos que se vai salvar a TAP, mas sim com uma intervenção de cariz financeiro que capacite a Empresa para os anos vindouros”, lê-se no comunicado.

Entende o sindicato que “só com uma intervenção estatal firme, que garanta a passagem deste processo da alçada de Bruxelas para a responsabilidade do Governo se verá assegurada a viabilidade económica e financeira da TAP e a manutenção dos postos de trabalho”.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil tem uma reunião agendada com o ministro das Infraestruturas e Obras públicas para a próxima quarta-feira.

O ministro Pedro Nuno Santos anunciou no parlamento, em 04 de novembro, que "a primeira fase" do plano de reestruturação da TAP estava concluída e que as negociações com os sindicatos iam arrancar.

"Temos uma companhia aérea que está sobredimensionada para a realidade atual e temos de conseguir um processo restruturação que garanta que a companhia aérea vai ser viável e sustentável", defendeu numa audição no parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Em 15 de outubro, Pedro Nuno Santos anunciou no parlamento que iriam sair 1.600 trabalhadores do grupo TAP até ao final do ano, tendo já saído 1.200 colaboradores.

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