“Nesse momento, penso no povo libanês, já que os ataques israelitas acabam de causar centenas de vítimas civis, entre elas dezenas de crianças. Esses ataques aos dois lados da Linha Azul (demarcação da ONU entre Israel e Líbano) e mais amplamente na região precisam de parar imediatamente”, disse Barrot na tribuna da Assembleia Geral da ONU.
“A França faz um apelo às partes e a quem as apoiam para que desescalem a situação e evitem uma conflagração regional que seria devastadora para todos, começando pela população civil. Portanto pedi uma reunião urgente do Conselho de Segurança sobre o Líbano esta semana”, contou o ministro, que tomou posse do cargo nesta segunda.
“No Líbano, como em todas as partes, a França seguirá plenamente mobilizada para resolver as grandes crises que fraturam a ordem internacional. Tomará iniciativas”, garantiu.
Entretanto, também a partir de Nova Iorque, enquanto os líderes mundiais se reúnem para participar na Assembleia Geral da ONU, um funcionário diplomático dos EUA afirmou à AFP sob condição de anonimato que o país está a tentar encontrar soluções. "Temos algumas ideias concretas que vamos debater com nossos parceiros esta semana para tentar encontrar a maneira de avançar nesse assunto", declarou.
Ele disse que os Estados Unidos querem encontrar uma "saída que, acima de tudo, impeça uma maior escalada dos combates".
O funcionário expressou esperança de que as propostas americanas "reduzam as tensões e abram caminho para um processo diplomático que permita às comunidades de ambos os lados da fronteira (...) regressar às suas casas com segurança em um futuro próximo".
Ele não quis detalhar essas ideias, mas disse que o secretário de Estado, Antony Blinken, e outros altos funcionários americanos irão discuti-las durante as suas reuniões em função da Assembleia Geral.
A fonte reiterou a oposição dos Estados Unidos a uma invasão terrestre por parte de Israel, que tem bombardeado locais no Líbano associados ao movimento xiita Hezbollah, quase um ano depois do seu aliado palestiniano Hamas ter atacado o território israelita.
"Acho que é importante que todos levem a sério os preparativos israelitas", afirmou. "Obviamente não acreditamos que uma invasão terrestre no Líbano contribuirá para reduzir as tensões na região ou evitar uma espiral de violência, e é por isso que estamos tão focados em usar esta semana para explorar essas ideias e ver se conseguimos desenvolver essa saída", disse.
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