"O brutal e cruel ataque aéreo do regime sionista em Beirute constitui uma violação flagrante do direito internacional, bem como uma violação da soberania, integridade territorial e segurança nacional do Líbano", disse o porta-voz da diplomacia de Teerão, Nasser Kanani, em comunicado de imprensa.
Pelo menos 14 pessoas morreram e 66 ficaram feridas no bombardeamento de hoje num bairro nos subúrbios de Beirute, segundo o último balanço das autoridades do Líbano.
As forças israelitas reclamam ter abatido no ataque o líder da unidade de elite Radwan, Ibrahim Aqil, e vários outros comandantes militares do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão.
Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu que os objetivos do seu país "são claros" e que as ações do seu Exército “falam por si”, de acordo com uma mensagem divulgada pelo seu gabinete na rede X.
O ministro da Defesa israelita afirmou por seu lado que os ataques desta “nova fase” da guerra contra o Hezbollah continuarão até que os deslocados no norte do seu país possam regressar às suas casas, referindo-se a cerca de 60 mil habitantes que residiam na região próxima da fronteira com o Líbano.
“A série de operações da nova fase da guerra continuará até atingirmos o nosso objetivo: garantir o regresso seguro das comunidades do norte de Israel às suas casas”, declarou Yoav Gallant em comunicado, acrescentando: “Os nossos inimigos não têm onde se refugiar, nem mesmo nos subúrbios de Beirute".
Anteriormente, o porta-voz das forças israelitas, Daniel Hagari, afirmou em conferência de imprensa que Israel não pretende "uma ampla escalada" militar na região.
Em resposta ao “bombardeamento seletivo” realizado horas antes pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), a milícia libanesa pró-iraniana efetuou novos ataques contra posições militares israelitas no norte do país.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza desde há 11 meses.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
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