“Todas as semanas, milhares de migrantes atravessam o Mediterrâneo para chegar a Itália, entrando ilegalmente na Europa. Muitos dirigem-se para norte para chegar ao Reino Unido. É por isso que estamos a trabalhar em conjunto para parar os barcos e apelamos a todos para que ajam com o mesmo sentido de urgência”, escrevem os dois líderes na carta publicada no jornal britânico The Times e no italiano Corriere della Sera.

Ambos afirmam que se trata de uma “crise ética, com bandos criminosos a lucrar com a miséria dos mais vulneráveis” e de “uma crise humanitária, com naufrágios que já custaram mais de 2.000 vidas este ano”.

“São os Estados que decidem quem vem para a Europa, não os contrabandistas e os traficantes”, afirmam Sunak e Meloni.

Os dois líderes defendem ser necessário travar o fluxo de migrantes ilegais para “restaurar a confiança dos cidadãos britânicos e italianos”, não só nas fronteiras dos dois países, mas também na cooperação europeia e internacional.

Sunak e Meloni publicaram o texto na sequência da terceira cimeira da Comunidade Política Europeia na quinta-feira em Granada, no sul de Espanha, onde estiveram representados cerca de 50 países, incluindo os 27 da UE e os presidentes da Comissão, do Conselho e do Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen, Charles Michel e Roberta Metsola, respetivamente.