No primeiro discurso após a votação de domingo, Meloni garantiu que o partido irá governar “para todos” e “para que os italianos se possam orgulhar de ser italianos”.
“Os italianos enviaram uma mensagem clara de apoio a um governo de direita liderado” pelo FdI, disse Meloni, que deverá tornar-se a primeira mulher a liderar o executivo de Itália, à imprensa na capital, Roma.
De acordo com resultados parciais, a coligação de direita e extrema-direita – liderada pelo FdI e que reúne ainda a Liga, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Italia, de Silvio Berlusconi – obteve entre 43% dos votos nas legislativas.
O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, deverá ter 26% dos votos.
“É hora de os italianos voltarem a ter um governo que sai de uma decisão nas urnas e é algo em que todos têm que prestar contas,” sublinhou Meloni.
A política de 45 anos lamentou uma campanha eleitoral que descreveu como “agressiva e violenta” e assegurou que “a Itália e a União Europeia precisam do contributo de todos perante a complexa situação” em que se encontram.
A participação nas eleições gerais da Itália no domingo foi de cerca de 63,81%, abaixo do valor de 72,9% registado nas eleições de 2018, disse a ministra do Interior italiana, Luciana Lamorgese.
Meloni lamentou a abstenção de 36%, a mais elevada de sempre, e assegurou que o objetivo será “reconstruir a relação entre o Estado e os cidadãos”.
“O desafio agora é fazer com que as pessoas acreditem nas instituições; muitos italianos ainda decidem não confiar”, disse.
“Temos que entender a responsabilidade que nos deram dezenas de milhões de italianos, não vamos trair essas pessoas”, prometeu Meloni.
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