Segundo a polícia em Luanda, a morte do menor “não teve nenhuma relação com a manifestação” realizada na circunscrição por taxistas, mototaxistas e moradores, em protesto contra o mau estado da estrada principal.
Em comunicado, a polícia diz que dispersou os manifestantes por volta das 13:30 e que depois, na tentativa de impedir retaliações entre grupos rivais, foram “surpreendidos com arremesso de pedras e outros objetos, resultando em ferimentos a dois agentes da ordem”, um dos quais atingido com gravidade na cabeça.
“Diante da situação, as forças policiais viram-se forçadas a defenderem-se, efetuando disparos para os dispersar, tendo um dos disparos atingido o cidadão, pelo que, foi aberto um inquérito para apurar os factos”, sublinha.
O Comando Provincial “lamenta” o incidente e mostra-se disponível para prestar o apoio necessário a família enlutada, e apela aos cidadãos a absterem-se de qualquer ato de desordem e a manterem a calma.
Moradores do distrito urbano do Ngola Kiluanje, em Luanda, realizaram, na quarta-feira, protestos, com interdição de vias e queima de pneus, ação reprimida pela polícia.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação dos Motoqueiros e Transportadores de Angola (Amotrang), Bento Rafael, demarcou-se dos protestos, frisando que se tratou de uma iniciativa protagonizada pela comunidade local.
“A reivindicação é de residentes do bairro Uíje, que reivindicam contra o mau estado da via. Nós, no ano passado, colocámos uma placa de motoqueiros nesta área para servir as comunidades a pedido das próprias comunidades, porque sabiam que os táxis não atingiam os locais de residência e até mesmo os locais de trabalho para aqueles que trabalham nas empresas desses bairros”, explicou.
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