Um encontro entre Merkel e Recep Tayyip Erdogan, à margem do G20, em Hamburgo, na Alemanha, “mostrou claramente que há profundas divergências”, disse a chanceler, relativamente às detenções massivas na Turquia após a tentativa de golpe de 2016 e a recente retirada forçada das tropas alemãs da base militar turca de Incirlik.

A Alemanha decidiu deixar a base, onde os seus soldados participavam no apoio à campanha da coligação internacional contra o grupo autodenominado Estado Islâmico, para se transferirem para a Jordânia.

A decisão prendeu-se com a decisão de Ancara que recusou a visita dos deputados alemães à base, quando tinham a obrigação legal de o fazer.

O exército alemão é, de facto, estreitamente controlado pelo parlamento.

As relações entre a Alemanha e a Turquia atravessam globalmente uma zona de fortes turbulências.

A chanceler expressou também a sua “mais severa condenação” pela “violência desatada” contra a cimeira do G20 e advertiu que quem a comete se situa “fora da comunidade democrática”.

A líder alemã anunciou que se estudarão formas de ajudar rapidamente os cidadãos que sofreram as consequências dessa “violência cega” e garantiu que o dispositivo para proteger a cimeira foi “cuidadosamente preparado”.

Merkel agradeceu às forças policiais o trabalho realizado para “garantir o direito à manifestação pacífica” e, ao mesmo tempo, proteger devidamente, no decorrer na cimeira, as 20 potências industriais e países emergentes.

A chanceler mostrou-se “muito contente” com o comunicado final da cimeira em torno das alterações climáticas, no qual todas as potências, menos os Estados Unidos, ratificaram unidas o seu apoio ao Acordo de Paris, que é “irreversível” e deve aplicar-se “o mais rápido possível”.

Em conferência de imprensa no final da cimeira, Merkel recordou que desde o início do encontro se mostrou disposta a trabalhar para alcançar compromissos, mas também decidida a não ocultar os “desacordos” que o comunicado final reflete.

Merkel frisou que o documento do G20 torna claro que os outros líderes da cimeira não partilham a posição da administração Trump sobre o clima.

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