“Também no século XXI precisamos da NATO como garantia da nossa segurança, ou seja, como aliança transatlântica. O particular da NATO é que nos apoiamos mutuamente na nossa respetiva segurança”, declarou.
Os desafios para a Aliança mudaram de maneira muito importante nos últimos anos, com “acontecimentos drásticos” como a anexação russa da península ucraniana da Crimeia, em 2014, e as ações militares da Rússia no leste da Ucrânia, o que levou a NATO a tomar decisões e a realizar mudanças profundas, sobretudo na cimeira de Gales naquele mesmo ano.
“Isto significa que nos voltamos a concentrar mais na defesa da aliança e tomamos para isso medidas correspondentes, por exemplo também com a presença dos Estados do centro e do leste da Europa”, afirmou.
Mesmo assim, a chanceler sublinhou o interesse numa “relação equilibrada” com a Rússia, referindo que por isso haverá conversações no âmbito da cimeira entre a NATO e Moscovo.
“Mas ao mesmo tempo temos de mostrar decisão na NATO para nos defendermos”, adiantou.
Por outro lado, Merkel assumiu o compromisso de aproximar gradualmente até 2024, o objetivo de destinar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) a gastos com defesa.
A chefe do Governo de Berlim recordou que nos tempos da Guerra Fria, o gasto da Alemanha em defesa chegou inclusivamente a ser superior e que depois foi adotada uma política de austeridade também no Exército.
Portanto, adiantou, do que se trata agora não é de voltar a armar, mas sim de equipar o Exército alemão perante a necessidade de adaptação aos novos desafios e também às mudanças tecnológicas.
Neste sentido, o gasto em defesa aumentou nos últimos anos e o Orçamento do Estado para 2019 inclui um novo aumento, sublinhou.
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