“Tal como foi afirmado no Parlamento, foram dadas indicações à empresa Metro do Porto para a realização de um estudo para o antigo corredor ferroviário da Trofa, que contemple a sua reabilitação física e a eventual instalação de um modo de transporte coletivo”, adiantou hoje, em resposta escrita enviada à Lusa, o Ministério.
Acrescenta que a “decisão sobre os investimentos na expansão da rede de metro e metrobus é agora da Área Metropolitana do Porto (AMP), da qual a Câmara Municipal da Trofa faz parte”.
Assumindo que o “estudo agora em desenvolvimento será certamente considerado na solução que a AMP vier a propor”, o Ministério precisou ser, agora, “esta uma decisão dos municípios”.
Contactada pela Lusa, fonte da Metro do Porto adiantou que a empresa se comprometeu hoje a apresentar esse estudo no prazo de quatro meses.
A 14 de julho de 2017, 15 anos depois de ter sido retirado o comboio de via estreita, a Câmara da Trofa submeteu uma ação contra o Estado e contra a Metro do Porto, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, reclamando o não cumprimento da expansão da linha do metro até à Trofa, que estava consagrada desde o projeto inicial.
Das quatro linhas originárias da primeira fase do metropolitano, projetadas em 1996 no Sistema de Metro Ligeiro da AMP e construídas pela Metro do Porto, só a linha Campanhã/Maia (ISMAI)/Trofa não foi construída em toda a sua extensão.
Desde fevereiro de 2002 que o serviço ferroviário na linha da CP da Trofa está fechado, encerramento justificado com o argumento de tal permitir a construção da linha do metro, sobre o ramal existente, nomeadamente a ligação da Estação da Trindade (Porto) à Trofa.
O ministro João Pedro Matos Fernandes comprometeu-se na semana passada, em audição parlamentar, a dar indicação à Metro do Porto, no prazo de uma semana, para um estudo prévio para encontrar uma solução para o fim da linha de comboio da Trofa.
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