Em causa está a publicação em DR de uma resolução aprovada há cerca de duas semanas pelo Conselho de Ministros, autorizando a realização da despesa para a construção da linha Violeta, executada através do Plano de Recuperação e Resiliência (390 milhões de euros), na modalidade de empréstimo, e de verbas do Orçamento do Estado (137,3 milhões de euros).

O investimento global de 527,3 milhões de euros engloba a conceção e a construção da infraestrutura ferroviária e o fornecimento de material circulante, bem como o reordenamento urbano envolvente no território dos dois municípios servidos, Loures e Odivelas.

No texto da resolução, o Governo explica que o valor da obra sofreu alterações, àquilo que era previsto inicialmente, devido ao “contexto internacional”, nomeadamente à guerra na Ucrânia, tendo os “ custos unitários da energia e dos materiais necessários à construção deste projeto” registado “aumentos muito significativos”.

Além do valor, a tutela explica que também teve de ajustar o prazo da obra, ressalvando que “estas alterações não prejudicam, contudo, que o sistema de transporte esteja operacional até ao final de 2026”.

Para 2027 vão estender-se algumas obras complementares relativas ao reordenamento urbano na envolvente à plataforma ferroviária, bem como trabalhos no parque de material e oficinas e nas estações subterrâneas, “que não comprometem a entrada em funcionamento do sistema”.

A linha Violeta será um sistema de metro ligeiro de superfície que contará com um total de 17 estações e cerca de 11,5 quilómetros de extensão.

No concelho de Loures serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de 6,4 quilómetros.

Já no concelho vizinho de Odivelas serão construídas oito estações para servir as freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de 5,1 quilómetros.