O protesto, organizado pelas autoridades locais e grupos de direitos humanos mexicanos, reuniu pessoas munidas de flores, incluindo políticos, líderes sociais e multidões de estudantes na cidade fronteiriça de Ciudad Juarez, que já se encontra dividida da cidade vizinha norte-americana de El Paso por uma longa vedação.

Os manifestantes entoaram slogans contra Trump, cujos planos de construir um muro para afastar imigrantes indocumentados dos Estados Unidos – e fazer com que o México pague pela obra – indignaram muitas pessoas.

“O muro é uma das piores ideias. Não vai travar nada, nem drogas nem migrantes. É apenas um símbolo do ódio de Donald Trump, do racismo do Presidente”, disse Carolina Solis, de 31 anos.

Os manifestantes, incluindo o presidente da câmara de El Paso, Oscar Leeser, formaram uma barreira de quase 1,5 quilómetros.

Muitas pessoas dos dois lados da fronteira atravessam-na diariamente, considerando um país a sua casa mas trabalhando no outro.

“Ciudad Juarez e El Paso são uma só cidade e nunca nos vamos separar”, afirmou Leeser, que nasceu do lado mexicano da fronteira.

O seu homólogo em Ciudad Juarez, Armando Cabada, prometeu ajudar a instalar os migrantes deportados dos Estados Unidos.

“Trump apenas gera medo nos nossos compatriotas norte-americanos. Devemos mostrar solidariedade para com eles e dizer-lhes que têm o nosso apoio. Se forem deportados, vamos acolhê-los de braços abertos”, afirmou.