“Os fluxos persistentes de migrantes venezuelanos afetam hoje vários países latino-americanos”, reconhece Temer num artigo de análise para a agência espanhola EFE intitulado “Solidariedade com os venezuelanos”.
“Milhões de seres humanos percorrem montanhas e florestas escapando da grave crise que a Venezuela atravessa, em busca de esperança por dias melhores noutros países, inclusive no nosso país”, acrescentou Temer.
Michel Temer argumenta que o “Brasil agiu com responsabilidade e determinação frente a essa onda migratória, que tem mais impacto no estado de Roraima, no norte do país”.
“Os irmãos venezuelanos que sofrem as consequências do que está a acontecer hoje no seu país são recebidos com dignidade no Brasil, um país de solidariedade, com uma forte tradição de acolher todos os povos do mundo e de cumprir os seus compromissos internacionais em todos os momentos históricos”, garantiu.
No mesmo artigo, Temer reitera firmemente que, apesar das dificuldades, “nunca pensou fechar as fronteiras”.
“Ao mesmo tempo, em coordenação com outros países da região e em fóruns como a Organização dos Estados Americanos (OEA), continuamos a promover medidas diplomáticas que encorajam o governo venezuelano a retomar o caminho da democracia, estabilidade e desenvolvimento”, acrescentou.
O estado de Roraima, um dos mais pobres do Brasil, é a principal rota utilizada pelos migrantes que fogem da grave crise política, económica e social na Venezuela.
Milhares de venezuelanos já pediram refúgio ao Brasil, de acordo com dados do Governo.
Muitos permanecem na capital de Roraima, a cidade de Boa Vista, ou na cidade fronteiriça de Pacaraima, dois locais onde o clima de tensão entre brasileiros e venezuelanos tem vindo a crescer.
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