“Eu vou presidir à abertura [do congresso do PSD], depois vamos ver como é que a coisa se desenrola, porque eu não sou nomeado por lei, eu sou eleito numa lista”, explicou, para logo reforçar: “Se a conjuntura estiver favorável, é provável que concorra. Se não estiver favorável, não concorro. É simples.”
O dirigente social-democrata madeirense falava à margem de uma visita à empresa Cfarma — Centro Farmacêutico da Madeira, no Funchal, onde se deslocou na qualidade de presidente do Governo Regional e onde abordou o congresso do PSD, que decorre sábado e domingo, em Braga.
Albuquerque explicou que a concretização de uma “conjuntura favorável” depende da negociação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entre o executivo insular e o Governo da República (PSD/CDS-PP), considerando que a região quer ver inscritas algumas reivindicações que não constam da proposta apresentada na quinta-feira.
“Neste momento, temos urgência em resolver um conjunto de questões que tem a ver com o próximo ano económico e, nesse sentido, estamos a negociar o que fica no Orçamento e o que é remetido para a revisão da Lei das Finanças Regionais”, disse, vincando, no entanto, que os governos estão a negociar um documento cujo quadro político ainda não está definido.
“Não se sabe ainda se o Orçamento vai ser aprovado, se este é o Orçamento que vai ser aprovado e quais os acordos que vão decorrer na especialidade que podem mudar este Orçamento”, salientou, para depois acrescentar: “Estamos ainda numa situação de indefinição e esta situação de indefinição não é boa para o país.”
O 42.º Congresso do PSD realiza-se no próximo fim de semana, em Braga, depois de ter estado previsto para os dias 21 e 22 de setembro, tendo sido adiado devido à situação dos incêndios que lavravam nessa altura no centro e norte do país.
O congresso vai eleger os órgãos nacionais do partido, depois de Luís Montenegro ter sido reeleito presidente da Comissão Política Nacional em eleições diretas em 6 de setembro, com mais de 97,45%.
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