"É o reconhecimento da política de um governo que fez da Proteção Civil não uma matéria de brincadeira ou de demagogia política, mas algo muito sério, que da nossa parte exige responsabilidade e atuação eficaz e determinada", disse, aludindo à distinção de que foi alvo ao receber o Crachá de Cidadania e Mérito da Liga dos Bombeiros, no Dia Regional do Bombeiro, assinalado hoje no concelho da Calheta.

"Connosco, nesta matéria, não há brincadeiras: nós vamos continuar a traçar uma política de investimento na área do socorro civil. Temos o meio aéreo de combate a incêndios, mas estamos a fazer grandes investimentos na área das novas tecnologias, nos drones, no sentido de intervirmos na área da prevenção, da deteção e do socorro civil", acrescentou o social-democrata.

Elogiando o papel das corporações de bombeiros, Miguel Albuquerque, que se recandidata ao cargo nas eleições regionais de setembro, reiterou que os seus compromissos para com esta área "serão integralmente cumpridos".

"Um governo responsável tem de dotar as nossas corporações das melhores condições de trabalho, de remuneração, das melhores infraestruturas e capacidades operacionais, da melhor formação aos profissionais e dos melhores equipamentos para a prestação de socorro às populações", lembrou.

O Dia Regional do Bombeiro foi instituído pelo Governo Regional como forma de reconhecimento oficial dos corpos de bombeiros no contexto social, humanitário e de proteção civil da região.

Existem atualmente na Madeira 10 corporações, com um efetivo total de cerca de 700 bombeiros: Bombeiros Sapadores do Funchal (111), Bombeiros Voluntários Madeirenses (136), Bombeiros Municipais de Santa Cruz (58), Bombeiros Municipais de Machico (68), Bombeiros Municipais de Ribeira Brava e Ponta do Sol (47), Bombeiros Voluntários de Santana (48), Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos (79), Bombeiros Voluntários da Calheta (59), Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz (49) e Bombeiros Voluntários Porto Santo (39).

Numa nota distribuída à comunicação social, o Governo Regional lembra que já investiu 500 mil euros na aquisição de ambulâncias, 250 mil euros na aquisição de material de desencarceramento, 800 mil euros na aquisição de equipamentos de proteção individual dos bombeiros e um milhão de euros na aquisição de viaturas.

O executivo recorda ainda a concretização de vários contratos de programa assinados com as corporações: as associações humanitárias (bombeiros voluntários) receberam, em 2019, mais de dois milhões de euros, ou seja, mais 630 mil euros do que em 2018.

Destaca que o Programa Operacional de Combate a Incêndios Florestais deste ano decorre de 15 de junho a 15 de outubro, com possibilidade de ser alargado, estando previstos meio milhão de euros só para recursos humanos.

Os bombeiros que participarem no Programa Operacional de Combate a Incêndios Florestais têm remuneração superior à do ano passado.

Em termos de formação dos bombeiros, o Governo sublinha que já foram investidos 800 mil euros (para este ano estão previstos 350 mil euros), ou seja, quase o dobro do que no ano passado.

Segundo a nota, o investimento global do Governo Regional na Proteção Civil ascende aos oito milhões de euros.