Contactado pela agência Lusa, o gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca, que tem em mãos o despacho para oficializar as mudanças no CCB, relativas ao novo mandato do conselho de administração, confirmou que Miguel Honrado irá substituir Luísa Taveira, que cessa funções a seu pedido.

Miguel Honrado foi presidente do conselho de administração do Teatro Nacional D. Maria II, até 2016, de onde saiu em abril desse ano para assumir o cargo de secretário de Estado da Cultura, com Luís Filipe Castro Mendes como ministro da Cultura.

Por seu turno, Elísio Summavielle, nomeado em fevereiro de 2016 pelo então ministro da Cultura João Soares, foi reconduzido agora no cargo, à frente do CCB, tal como a vogal Isabel Cordeiro, historiadora, ex-diretora-geral do Património Cultural, de 2012 a 2014.

"É entendimento do Ministério da Cultura que a escolha de Miguel Honrado, pelo seu percurso e experiência profissional, constitui uma mais valia para o CCB", justificou à Lusa o gabinete da ministra da Cultura, acrescentando que "as suas funções específicas enquanto vogal serão decididas pelo presidente do Conselho de Administração, reconduzido no cargo".

Miguel Honrado, licenciado em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com uma pós-graduação em Curadoria e Organização de Exposições pela Escola Superior de Belas Artes/Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhou desde 1989 na área da produção e gestão cultural.

Interveio em projetos culturais como o Festival Europália e nas programações culturais da Exposição Universal de Sevilha 92, da Exposição Mundial de Lisboa 98 e de Lisboa Capital Europeia da Cultura, em 1994.

Esteve integrado, e depois coordenou, a equipa do Departamento de Dança do Instituto Português das Artes do Espetáculo (IPAE), entre 1999 e 2002. Foi, de 2003 a 2006, diretor artístico do Teatro Viriato, em Viseu. Em 2007, tornou-se presidente da EGEAC, a empresa que gere os equipamentos culturais de Lisboa, e ocupava, desde 01 de janeiro de 2015, o cargo de presidente do conselho de administração do Teatro Nacional D. Maria II, até à saída para o Governo.

É, desde 2003, professor convidado da Universidade Lusófona, responsável pelo seminário de Políticas Culturais, integrado no Mestrado em Gestão Cultural, e foi, entre 2006 e 2012, professor assistente da Escola Superior de Teatro e Cinema.

Entre 2005 e 2007, presidiu à IRIS - Associação Sul Europeia para a Criação Contemporânea e é, desde 2012, membro do Conselho Consultivo do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência – Descobrir.

Quanto a Elísio Summavielle, foi nomeado em fevereiro de 2016 para a presidência do CCB pelo então ministro da Cultura, João Soares, que demitiu o então presidente da fundação António Lamas, num episódio que gerou polémica, na altura.

Em causa esteve uma discordância entre António Lamas e João Soares sobre o projeto de gestão integrada do chamado "eixo Belém-Ajuda", cuja estrutura de missão tinha sido extinta pouco tempo antes, em Conselho de Ministros.

Summavielle foi secretário de Estado da Cultura quando era ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, nomeados pelo Governo do primeiro-ministro José Sócrates.

Em 1985, foi admitido como técnico superior do Instituto Português do Património Cultural, onde fez carreira chegando a presidente do antigo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).

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