Num dia de intempérie, que justifica a escassa adesão dos militantes, Miguel Pinto Luz foi a Aveiro explicar o seu próprio projeto e o que o distingue dos outros candidatos à liderança do PSD.

“Vim deixar também aqui uma mensagem de esperança, de rejuvenescimento dentro do PSD e dizer que será outra vez um partido reformista, porque faltou muito essa dimensão reformista do PSD”, afirmou.

Para aquele candidato à liderança, o PSD deve ser um partido social democrata, mas “num projeto social democrata "à portuguesa" como gostava de dizer Sá Carneiro”.

“Personalista e preocupado em colocar a pessoa no centro da ação política, cultor da liberdade individual e respeitador da liberdade de opinião, sem qualquer tipo de complexo em relação à iniciativa privada, mas por outro lado que entende que o Estado deve estar presente na vida daqueles que mais precisam, deve oferecer uma escola pública de qualidade, saúde de qualidade, e regular os mercados”, expôs.

Pinto Luz diz que Luís Montenegro e Rui Rio têm posicionamentos “mais extremados do ponto de vista ideológico”.

“Rui Rio coloca o partido num recentramento e num regresso a uma social democracia que não sei bem o que quer dizer, que levou o partido ao pior resultado de sempre em eleições legislativas e levou a que a esquerda tivesse o seu melhor resultado de sempre”, relembra.

Já sobre Montenegro, diz que “apresenta uma solução para colocar o partido mais à direita, por contraponto, mas entende que “o partido não se deve colocar num ponto nem no outro”.

Pela sua parte dispõe-se a chamar para dentro do partido “gente muito interessante, com enorme talento e conhecimento, militantes que estão esquecidos e abandonados no meio da estrutura”, que tem conhecido ao longo da campanha.