Criado há seis anos, o biobanco do iMM não é um simples armazém de coleções de amostras biológicas, é mais do que isso, nas palavras de um dos codiretores, Sérgio Dias.

Trata-se de uma estrutura que, ao recolher e guardar essas amostras, pretende facilitar o trabalho dos cientistas com "interesse por investigação biomédica", possibilitando-lhes ter acesso "a uma quantidade de amostras que lhes permita fazer comparações para estudos mais completos", disse à Lusa.

O biobanco reúne não só amostras biológicas - como sangue, osso, saliva, soro, urina, ADN, líquido de cartilagens e tecidos tumorais - de pessoas saudáveis, mas também de doentes. E nas doenças, as mais variadas, incluem-se cancros, doenças reumatológicas e doenças neurológicas, como demências, Parkinson e Alzheimer.

Ao todo, enumerou Sérgio Dias, são mais de 160 mil amostras doadas por mais de 15 mil pessoas.

O número deverá crescer em 30 e 31 de outubro, dias para os quais o Fundo iMM-Laço convida as pessoas, doentes ou não, a doarem no Instituto de Medicina Molecular uma pequena amostra de sangue para efeitos de investigação do cancro da mama, fim para o qual o fundo foi criado em 2015.

Sérgio Dias explicou que o iMM promove regularmente campanhas de recolha de amostras de sangue em empresas, associações e mesmo na Faculdade de Medicina de Lisboa, à qual o instituto está agregado, para ter "controlos saudáveis" de amostras biológicas.

No caso de doentes, as amostras são recolhidas sobretudo em hospitais, por proposta de um médico, que depois é apreciada por uma comissão ética.

As coleções de material biológico são codificadas com um número distinto, para salvaguardar a identidade do seu dador, e 'arrumadas' em caixas conservadas em arcas congeladoras ou em contentores com azoto líquido, respetivamente a -80ºC e a -196ºC.

A localização das amostras é determinada por um 'software' específico, que regista igualmente a sua informação clínica, e ao qual apenas técnicos do biobanco têm acesso.

Há amostras que foram recolhidas há cinco anos, mas a ideia, segundo o codiretor do biobanco Sérgio Dias, é potenciar o seu uso o mais depressa possível, quer por investigadores portugueses quer estrangeiros, que são quem procura os serviços do biobanco.

Face ao "crescimento exponencial, muito rápido", das coleções, a meta, de futuro, será ter novas instalações, que atualmente funcionam no iMM, na Faculdade de Medicina de Lisboa.

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