Durante esta operação, coordenada em junho pela Interpol e pela Organização Mundial das Alfândegas em 109 países, a polícia deteve 582 suspeitos e apreendeu 440 presas de elefante, mais de meia tonelada de objetos de marfim, 2.550 metros cúbicos de madeira e 2.600 plantas.

No total, foram apreendidos nas mãos dos traficantes 23 primatas, 30 felinos, mais de 4.300 aves, quase 10.000 animais marinhos, incluindo corais, cavalos-marinhos, golfinhos e tubarões, perto de 10.000 tartarugas e cerca de 1.500 outros répteis.

As fotografias, divulgadas ‘online’ pela Interpol, mostram peles de crocodilo apreendidas no Reino Unido, dezenas de papagaios amontoados numa pequena gaiola na Índia, ou peixes-zebra que morreram durante o seu transporte ilegal no Brasil.

Também foi apreendida, na Nigéria, meia tonelada de escamas de pangolim, às quais a medicina tradicional chinesa atribui muitas propriedades.

A operação desmantelou vários canais de comércio ilegal ‘online’, permitindo, em particular, a detenção de 21 pessoas em Espanha e a apreensão de 1.850 aves na Itália.

Estas detenções e apreensões foram desencadeadas por uma equipa internacional de investigadores e agentes aduaneiros reunidos nas instalações da Interpol em Singapura.

Segundo a Interpol, outras detenções e processos podem ocorrer nas próximas semanas e meses.

Esta é a terceira operação desta magnitude realizada pela Interpol, depois de 2018 e 2017, com apreensões de vários milhões de dólares.