O governo de António Costa anunciou na última sexta-feira algumas medidas de apoio à sociedade, uma delas um aumento de 1% nos salários da Função Pública. Contudo, caso as tabelas de IRS não sejam revistas, 187 mil funcionário públicos arriscam receber menos ao final do mês, escreve o DN.

"O DN / Dinheiro Vivo fez simulações para dois tipos de situações, ambas para um trabalhador dependente solteiro e sem filhos, e sem considerar as contribuições para a Segurança Social, de 11%. Por exemplo, quem está a receber o salário mínimo no Estado, de 761,58 euros, não tem de pagar imposto, porque o teto de 0% de retenção na fonte vai até 762 euros. Só a partir desse valor é que o trabalhador tem de descontar. Com o aumento extra de 1%, o ordenado base de entrada na Função Pública vai crescer mais 7,62 euros para 769,2 euros, o que significa que a retenção na fonte passará a ser de 2%. Descontando este valor, o trabalhador ficará com um rendimento mensal de 753,82 euros, menos 7,76 euros do que estava a ganhar. Ou seja, o incremento adicional foi absorvido pelas atuais tabelas de IRS. Assim, para que estes trabalhadores sintam um incremento efetivo do rendimento mensal líquido será necessário elevar o limite máximo da isenção fiscal dos 762 para os 770 euros: são mais oito euros", lê-se no jornal.

Entretanto, o Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina, salientou aos dois órgãos de comunicação que "o governo está a trabalhar na revisão das tabelas de retenção, assegurando que o aumento do rendimento bruto se traduz num aumento do rendimento líquido, procedendo aos ajustamentos que se revelem necessários".

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