Cerca das 15:30, os milhares de pessoas que se concentraram junto à praça do Campo Pequeno arrancaram pela avenida da República em direção ao Marquês de Pombal, onde a manifestação terminará com uma intervenção secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que deverá anunciar novas formas de luta.
Cartazes, bandeiras da CGTP, faixas e balões coloridos acompanham os manifestantes no desfile, que reivindicam, entre outras coisas, o fim da precariedade e o aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional para 650 euros.
Juntos sob o lema “Lutar Pelos Direitos, Valorizar Os Trabalhadores!”, os manifestantes chegaram a Lisboa desde vários pontos do país.
Segundo a direção da Intersindical, foram contratados mais de 150 autocarros e quatro comboios com partida do Porto para transportar trabalhadores até Lisboa.
A manifestação foi convocada para defender a necessidade de valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de uma melhor distribuição da riqueza e da melhoria das condições de vida e de trabalho.
Com o recente acordo de concertação social para a revisão do Código do Trabalho, a CGTP considera que existem agora motivos acrescidos para o protesto.
Na segunda-feira, o Governo aprovou a proposta de lei para alterar o Código de Trabalho, nomeadamente reduzir o limite dos contratos a prazo e aumentar a duração do período experimental, na sequência do acordo de concertação social de 30 de maio, a que a CGTP não aderiu por o considerar "contrário aos interesses e direitos dos trabalhadores".
O aumento geral dos salários, a fixação do Salário mínimo nos 650 euros em janeiro de 2019, o fim da caducidade das convenções coletivas "e de outras normas gravosas da legislação laboral", a reposição do princípio do tratamento mais favorável, as 35 horas de trabalho semanal para todos, o fim da precariedade, o aumento das pensões e a reposição dos 65 anos como idade legal da reforma são as principais reivindicações da Intersindical.
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