O desfile partiu ao ritmo de bombos e de palavras de ordem, cerca das 15:15, pela avenida Almirante Reis, com a organização a dar a partida aos microfones: "Abril continua, Maio está na rua!"; "vamos levantar bem alto aquilo que são as reivindicações dos trabalhadores".
Os trabalhadores podem este ano celebrar o Dia do Trabalhador sem restrições associadas à pandemia de covid-19, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos, mas muitos optaram por usar máscara.
Entre as palavras de ordem ouviu-se "para o país progredir, é preciso investir" e "para o país avançar salários aumentar".
"Paz sim, guerra não", entoaram os manifestantes que também pediram "combate ao aumento do custo de vida e à especulação".
Alguns dos manifestantes usam cravos vermelhos, numa alusão ao 25 de Abril de 1974.
Os trabalhadores portugueses podem hoje comemorar o 1.º de Maio sem restrições, participando nas iniciativas de rua que a CGTP promove em 31 localidades do país, ou no debate da UGT sobre os desafios do mundo laboral, em Lisboa.
Nos últimos dois anos, devido às restrições relativas à pandemia da covid-19, a Intersindical não desistiu de assinalar a data na Alameda, embora apenas com cerca de um milhar de manifestantes, devidamente distanciados.
Este ano a CGTP volta a fazer o tradicional desfile na capital, a partir da praça do Martim Moniz até à Alameda, onde ocorre o comício sindical, assim como a manifestação do Porto, na avenida dos Aliados.
Estão previstas manifestações, plenários, festas populares, provas desportivas e exposições em 31 localidades, que incluem as capitais de distrito, Açores e Madeira.
O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.
Comentários