A maioria dos manifestantes eram estudantes universitários, mas também participaram na marcha altos responsáveis do país, como o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo.
Na concentração que antecedeu a marcha, ouviram-se gritos em defesa da paz, como: "Quero paz, quero amor, quero acordos por favor".
Depois, ao longo de um percurso de 1,7 quilómetros, os manifestantes desfilaram em silêncio, com bandeiras brancas e velas.
Dezenas de pessoas saíram também à rua noutras cidades da Colômbia - como Cali, Medellín, Barranquilla e Cartagena - para fazer a mesma reivindicação.
O Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assinaram a 26 de setembro um acordo de paz histórico, prevendo a desmobilização dos 5.765 combatentes da guerrilha e a conversão das FARC em movimento político legal.
Para entrar em vigor, este texto de 297 páginas deveria ter sido aprovado pelos eleitores, uma consulta não obrigatória, mas desejada pelo Presidente colombiano, para dar “uma legitimidade maior” à paz.
Apesar de a maior parte das sondagens preverem a vitória do “sim”, foi o “não” que ganhou, com 50,21% dos votos, contra 49,78%, num escrutínio em que a abstenção atingiu os 62%.
Na quarta-feira, o Presidente colombiano apelou a todas as forças políticas do país, após uma reunião com o seu antecessor Álvaro Uribe, para ultrapassarem os “antagonismos” e fomentarem a “unidade nacional” e a paz com a guerrilha das FARC.
“Estamos muito próximos de garantir a paz, uma paz estável, duradoura e com um apoio cidadão mais amplo”, disse Juan Manuel Santos numa declaração após reunir-se com Uribe e um grupo de políticos que promoveram o “não” ao acordo de paz.
Santos assinalou que pretende escutar os opositores ao acordo em diversas comissões e “considerar na medida do possível as suas observações e propostas de alterações”.
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