"Estamos a acompanhar (a situação) de um oficial da Marinha dos Estados Unidos que foi preso na Venezuela pelas forças de segurança desse país", disse o funcionário à AFP sem pormenorizar.

O Departamento de Estado desaconselha os americanos a viajar para a Venezuela porque acredita que "há um alto risco de detenção injusta".

"As forças de segurança prenderam cidadãos americanos por até cinco anos", diz o alerta de viagem.

"O governo dos Estados Unidos geralmente não é notificado da detenção de cidadãos americanos na Venezuela nem tem acesso aos americanos presos lá", acrescenta.

Os Estados Unidos e parte da comunidade internacional aumentaram a pressão sobre Nicolás Maduro desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o proclamou vencedor das eleições de 28 de julho sem publicar os detalhes das atas.

A oposição liderada por María Corina Machado garante que Edmundo González Urrutia, rival eleitoral de Maduro, venceu as eleições presidenciais. Washington concorda que as provas da sua vitória são esmagadoras.

A União Europeia e diversos países latino-americanos também rejeitaram reconhecer a vitória de Maduro até que as atas sejam publicadas.

A crise provocou uma espiral de protestos em todo o país que resultou em 27 mortes – duas delas soldados – 192 feridos e 2.400 detenções.

Na terça-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que Washington, em coordenação com os seus aliados, está a ponderar "uma série de opções" para demonstrar a Maduro e seus representantes "que as suas ações ilegítimas e repressivas na Venezuela têm consequências".

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, exigiu que os Estados Unidos não interferissem nos seus assuntos e respeitassem a "soberania" da Venezuela.

Na segunda-feira, o governo do presidente americano Joe Biden anunciou que apreendeu um avião de Maduro que estava na República Dominicana e o enviou para a Flórida.