Noemie Freire, com 30 anos, foi admitida no curso de especialização no ano passado, cumprindo 900 horas de navegação, anunciou a Marinha, em comunicado.
A marinheira, que irá prestar serviço a bordo do submarino Tridente, está habilitada a operar “equipamentos de guerra eletrónica, recolha de imagens operacionais”, sistemas de combate e a “colaborar em ações de manutenção dos sistemas de armas”.
A militar era auxiliar de navegação quando decidiu concorrer ao curso que começou em outubro de 2017, altura em que a Marinha decidiu abrir aquela formação a mulheres, pondo fim a uma exclusão quase centenária.
Em março de 2017, Noémie Freire foi, com outras militares, convidada pela Marinha a visitar o submarino Arpão, numa iniciativa do ramo para "atrair" candidatas ao primeiro curso aberto aos dois sexos.
Com um filho que tem hoje quatro anos, a militar disse, na altura, aos jornalistas que o mais difícil será estar bastante tempo sem poder comunicar com a família, mas afirmou contar com o apoio do marido, também militar, para poder dar este passo na carreira.
Há seis anos que a Marinha portuguesa já dispõe de submarinos com condições logísticas e de habitabilidade que permitem responder aos requisitos de privacidade seja para homens ou mulheres, mas apenas este ano o ramo decidiu incentivar as militares a concorrer à especialidade.
A taxa de participação das mulheres nas Forças Armadas portuguesas é de cerca de 11%.
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