As operações de busca estão curso desde o passado dia 17 de janeiro e, segundo o governo brasileiro, já foram vistoriadas 10 prisões em cinco Estados que solicitaram o apoio das Forças Armadas: Amazónia, Rondónia, Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.
“Das dez instalações prisionais vistoriadas, pelo menos três foram palco de barbáries neste início de ano, como a penitenciária de Alcaçuz, em Natal, a de Monte Cristo, em Roraima, e o complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus”, lê-se num comunicado do Ministério da Defesa.
O prazo de duração da Operação Varredura é de um ano e além da elevada quantidade de armas brancas e telemóveis, os militares já encontraram acessórios, baterias para telemóveis, bebidas alcoólicas e itens proibidos, como dinheiro e eletrodomésticos.
Cerca de quatro mil efetivos da Marinha e do Exército participaram nas 10 primeiras operações de busca, em que foram também utilizados cães farejadores, que podem detetar drogas ou explosivos.
Desde o final do ano passado as penitenciárias brasileiras, principalmente em estados da região norte e nordeste, foram palcos de grandes massacres e motins de presos promovidos por gangues rivais que atuam dentro do sistema prisional.
No começo de 2017 explodiram três grandes motins nas prisões do Brasil.
No primeiro, 56 homens foram mortos complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. Dias depois, em Roraima, 33 presos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
No final do mês de janeiro pelo menos 26 presos foram massacrados no início de uma grande rebelião que durou quase uma semana na penitenciária de Alcaçuz, em Natal.
Estas operações de revista das Forças Armadas nos presídios foram planeadas pelas autoridades como resposta para tentar conter a crise no sistema penitenciário brasileiro.
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