Açoriano de adoção (nasceu em 1954 em Portalegre mas vive entre as ilhas de São Miguel e do Faial), é na universidade do arquipélago que desenvolve a sua atividade de investigador principal, onde foi diretor do departamento de Oceanografia e Pescas entre 1997 e 2011, de acordo com a nota biográfica divulgada hoje pelo Governo.
No parlamento europeu, entre 2014 e 2019, enquanto eurodeputado do PS, foi membro efetivo da Comissão das Pescas e da Comissão da Agricultura e Desenvolvimento Regional, tendo sido coordenador dos Socialistas e Democratas (família política europeia que integra o PS) na Comissão das Pescas.
Em Bruxelas, foi ainda vice-presidente dos intergrupos parlamentares "Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável" e ainda "Mares, Rios, Ilhas e Zonas Costeiras".
De acordo com os dados recolhidos pela organização independente Votewatch para um consórcio de meios de comunicação social portugueses constituído por Lusa, Público, Expresso, Antena 1, RTP, SIC e TVI, Ricardo Serrão Santos foi eleito o terceiro eurodeputado mais influente entre 2014 e 2019, com 32 pontos, apenas atrás de Carlos Zorrinho (PS) e José Manuel Fernandes (PSD).
Na ocasião, Ricardo Serrão Santos manifestou "pena" por não continuar no parlamento europeu no mandato seguinte, mas garantiu não sair "magoado".
"Acho que me empenhei muito no trabalho que aqui fiz, que atingi alguns patamares, consegui coordenar os socialistas e democratas em diferentes domínios. Não só aí, também o meu empenho no âmbito da delegação interparlamentar Ásia, Caraíbas e Pacífico, onde chegava a ser o orador principal e o negociador para os dossiers importantes, como o das alterações climáticas, das pescas, da economia azul. Foram coisas que me satisfizeram muito, que me permitiram conhecer um mundo da política em interceção com a sociedade e a com a ciência", afirmou em 11 de maio.
Entre 2006 e 2014 foi presidente do IMAR - Instituto do Mar, e ainda Pró-Reitor da Universidade dos Açores para os Assuntos do Mar e para a coordenação do Campus da Horta.
Foi ainda membro de Conselhos Científicos da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, onde foi coordenador do Painel de Ciências do Mar, e ainda professor visitante da Universidade de Southampton, no Reino Unido, entre 2013 e 2016.
Atualmente é vice-presidente do Conselho Científico do Instituto Oceanográfico de Paris, e membro dos conselhos consultivos de organizações internacionais como o EOOS - European Ocean Obsering System ou o BiodivERsA, de acordo com a nota biográfica hoje divulgada.
Foi ainda membro da Direção do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, vice-presidente do European Marine Board e presidente do EurOcean, e em 2009 foi eleito membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, sendo membro emérito da Academia de Marinha de Lisboa.
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