“De acordo com a acusação, para que os veículos pudessem estar aptos em Portugal ao desempenho de determinados serviços, nomeadamente o transporte de crianças, os seus documentos de identificação originais espanhóis foram forjados, com a alteração da data da primeira matrícula, de modo a retirar anos ao tempo de vida do veículo”, revela a PGD no seu site.

A PGD esclarece estar em causa “a importação de Espanha, em 2009, 2011 e 2012, de cinco autocarros de passageiros usados, por cinco empresas portuguesas”, sendo que, num dos casos, um veículo “com primeira matrícula de 1992 foi legalizado como se a mesma tivesse sido atribuída em 2002”.

Segundo a PGD, os documentos falsificados “serviam depois para instruir o pedido de legalização” no “IMTT [Instituto de Mobilidade e Transportes] do Porto e na Alfândega do Freixieiro, Matosinhos”.

A PGD observa que o Ministério Público (MP) no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto deduziu a acusação a 07 de novembro, “contra treze arguidos”, imputando a todos o “crime de falsificação de documento”.

Oito dos arguidos são “pessoas singulares” e cinco são “pessoas coletivas”, acrescenta.

Segundo a PGD, dois dos arguidos estão acusados de três crimes, a um foram imputados dois crimes e aos restantes é atribuída a autoria de um crime.