“Nunca esteve em causa o paralelismo das magistraturas em nenhum segmento muito menos na questão remuneratória. Nunca houve dissonância entre a proposta do PS e o Governo”, afirmou Francisca Van Dunem na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias em resposta ao deputado do PSD Carlos Peixoto.
Hoje, decorre o primeiro de três dias de greve marcada pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público contra o Estatuto, que se encontra em fase de aprovação na Assembleia da República, nomeadamente contra a ausência do paralelismo das magistraturas.
A ministra explicou que, na proposta de Estatuto do MP, “o pressuposto que sempre existiu foi o do paralelismo” das duas magistraturas e que “degradar as condições do Ministério Público seria uma monstruosidade”.
Questionada pelo PSD sobre a sua presença na reunião extraordinária do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), Francisca Van Dunem explicou que quis dissipar as dúvidas que percebeu que ainda existiam e achou por bem ir dar informações ao órgão superior do MP, presidido pela Procuradora-Geral da República e que nessa reunião reiterou “que não estava em causa o paralelismo no domínico salarial”.
No início da sua audição regimental na primeira comissão, a ministra vincou a necessidade de se manter a autonomia administrativa e financeira da Procuradoria-Geral da República e elencou uma série de iniciativas, algumas legislativas, levadas a cabo em quatro anos do Governo, com destaque para a redução de pendências processuais, a tramitação eletrónica dos processos e alterações na área do acesso ao direito.
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