Marta Temido, que falava hoje no parlamento, numa audição perante a Comissão da Saúde, salientou que o excesso de mortalidade geral por todas as idades e por todas as causas foi de mais 9%, ou 2.973 óbitos, de março a 21 de junho de 2020.
Este excesso de mortalidade é em comparação com o mesmo período do ano passado, esclareceu fonte do ministério à Lusa.
Entre janeiro e 21 de junho, o excesso de mortalidade geral por todas as idades foi de 1.704 óbitos, mais 3%, tendo em conta a média dos anos de 2015-2019, acrescentou a ministra.
O primeiro óbito oficial por covid-19 ocorreu em 16 de março.
Segundo a governante, de 24 de março a 13 abril o número de óbitos por todas as causas e de todas as idades esteve várias vezes “acima da linha de base e em várias vezes ultrapassou o limite de confiança de 95%/99%”.
“O dia 04 abril foi o que maior número de óbitos teve para qualquer grupo etário neste período. De 14 de abril a 27 de abril, a mortalidade manteve-se dentro do esperado. De 27 de abril a 22 maio esteve frequentemente abaixo da linha de base”, salientou.
A ministra destacou que de 23 a 30 maio, “durante o pico do calor, a mortalidade em geral subiu, chegando ao limite de confiança de 95% no dia 29 de maio”.
De acordo com os dados divulgados, a mortalidade geral por todas as idades manteve-se em junho abaixo da linha de base, “exceto a 17 de junho, em que se registaram 307 óbitos, versus 207 na linha de base, mantendo-se, no entanto, dentro do esperado”.
A ministra salientou que estes dados estarão em breve disponíveis no portal da Direção-Geral da Saúde.
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