"Temos prosseguido e vamos continuar a prosseguir a meta de garantir que todos os portugueses tenham um médico de família atribuído até ao final da legislatura. E, nesse sentido, estamos a fazer o caminho e estimamos que, no final do ano, a cobertura de portugueses com médico de família atinja já os 94%", afirmou Marta Temido, que há uma semana substituiu Adalberto Campos Fernandes, em Baguim do Monte, Gondomar, no distrito do Porto, durante a abertura de uma nova Unidade de Saúde Familiar (USF).
No entanto, segundo a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2019, o Governo aponta para uma cobertura de 96% de portugueses com médico de família até ao final do ano, acrescentando que a cobertura era, em 2015, de 89,7%.
À Lusa, fonte do Ministério da Saúde, confrontada com a discrepância entre o valor do OE e as declarações de Marta Temido, esclareceu que "os 94% são um cenário conservador tendo por base a aposentação de todos os médicos de família que estejam em condições para o fazer, mas como historicamente isso não se tem verificado, a perspetiva plasmada do Orçamento de Estado é de 96%".
Naquela que foi a sua primeira intervenção enquanto ministra da Saúde, Marta Temido recordou que "em 2015 havia ainda um milhão de portugueses sem médico de família e neste momento caminha-se para se ter 580 mil".
A governante afirmou que o trabalho ainda não está concluído: São ainda muitos portugueses para quem precisamos de trabalhar", salientou.
Marta Temido referiu ainda o trajeto traçado pelo Governo para atingir aquele objetivo.
"Entendemos que, e o programa do Governo definiu desde o início, uma das melhores formas de conseguir essa cobertura populacional que precisamos era através do modelo de Unidade de Saúde Familiar e pretendermos até ao final da legislatura, e estou em condições de afirmar, que vamos ultrapassar essa meta, ter as 100 novas USF a funcionar", disse a ministra da Saúde.
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